Sejam muito bem-vindos!!!

Olá, meu nome é Tatiane, sou Educadora, Psicopedagoga e Orientadora Educacional, espero por meio desse blog poder compartilhar experiências para que dessa forma possamos colaborar para o desempenho de nossas atividades, visando o futuro de nosso País. Abraços!


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Olá, pessoal!

Oi, gente. Desculpem ter deixado o blog sem atualizações, eu estive muito atarefada com o trabalho mas estou preparando novidades para compartilhar com vocês! Aguardem! Bjs.

sábado, 23 de abril de 2011

faça sua escolha

Um Meio ou Uma Desculpa?
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos para esse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, também terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina ou da praia. Terá que estudar enquanto os outros pescam...
A realização de um sonho depende de dedicação dirigida. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores e preguiçosos, pois:
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA. Escolha!
(Roberto Shinyashiki)

terça-feira, 5 de abril de 2011

AS CEM LINGUAGENS DA CRIANÇA

AS CEM LINGUAGENS DA CRIANÇA

A CRIANÇA É FEITA
A CRIANÇA TEM CEM LINGUAGENS
CEM MÃOS CEM PENSAMENTOS
DE BRINCAR E DE FALAR
CEM SEMPRE CEM
MANEIRAS DE OUVIR
DE SURPREENDER DE AMAR
CEM ALEGRIAS PARA CANTAR E PERCEBER
CEM MUNDOS PARA DESCOBRIR
CEM MUNDOS PARA INVENTAR
CEM MUNDOS PARA SONHAR
A CRIANÇA TEM CEM LINGUAGENS
(E MAIS CEM, CEM, CEM)
MAS ROUBAM-LHE NOVENTA E NOVE
SEPARAM-LHE A CABEÇA DO CORPO
DIZEM-LHE PARA PENSAR SEM MÃOS PARA OUVIR SEM FALAR
PARA COMPREENDER SEM ALEGRIA
PARA AMAR E SE ADMIRAR SÓ NO NATAL OU NA PÁSCOA
DIZEM-LHE PARA DESCOBRIR O MUNDO QUE JÁ EXISTE
E DE CEM ROUBAM-LHE NOVENTA E NOVE
DIZEM-LHE QUE O JOGO E O TRABALHO, A REALIDADE E A FANTASIA
A CIÊNCIA E A IMAGINAÇÃO
O CÉU E A TERRA, A RAZÃO E O SONHO
SÃO COISAS QUE NÃO ESTÃO BEM JUNTAS
OU SEJA, DIZEM-LHE QUE AS CEM NÃO EXISTEM
E A CRIANÇA POR SUA VEZ REPETE: OS CEM EXISTEM!

Loris Malaguzzi (1996)

sábado, 12 de março de 2011

LEMBRETE!


LEMBRETE!

Brinquedos e brincadeira são nossos bons aliados na conquista de alunos dedicados e que sentem prazer em aprender. Não esqueçamos de que ninguém gosta de assistir a uma palestra em que o palestrante fala, fala, fala e a gente simplesmente escuta sem ao menos poder falar com o outro ou dar uma “risadinha” de vez em quando. Descontrair é sempre uma boa idéia!
Vale ressaltar que os jogos e brincadeira a que me refiro podem ser pedagógicos ou não, pois, ambos nos permitem observar o educando tanto em grupo quanto individualmente, seu comportamento e reação frente a várias situações que se apresentam, bem como frente a situações problema em busca de sua resolução.
É na brincadeira que a criança imita o adulto e assim aprende e se desenvolve expressando seus sentimentos e resolvendo conflitos internos e externos.

TRABALHANDO COM CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Em primeiro lugar, o educador deve acreditar no potencial de seus educandos, de forma alguma impor limites intelectuais que possam inibir seu pleno desenvolvimento. Todos são capazes de aprender e não será um laudo que definirá quais metas serão ou não atingidas.
Devemos ainda, respeitar o rítmo de cada um proporcionando-lhes um ambiente agradável e favorável ao aprendizado, nunca esquecendo que o uso de materiais concretos que fazem parte de sua realidade tem papel fundamental nesse processo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Planos de Aula: MATEMÁTICA Conjuntos


PLANO DE AULA: MATEMÁTICA – CONJUNTOS

Tatiane R. Resende

 .
INTRODUÇÃO



Este trabalho trata-se de um plano de aula para uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental de Nove Anos composta por 30 crianças e a professora abordaria o conteúdo dos conjuntos. O trabalho foi baseado na teoria de Vygotsky para uma aula de matemática onde a professora através de questionamentos e problematização procurou saber quais conhecimentos os alunos Já tinham em sua zona de desenvolvimento proximal através do conhecimento cotidiano dos alunos .
A professora convidará a turma para irem ao pátio da escola a fim de coletarem diversos materiais de diferentes tamanhos formas e matérias primas para uma experiência em sala de aula onde utilizarão materiais que haviam combinado que os alunos e a professora trariam de casa. Usando um recipiente com água no centro da sala, os alunos experimentarão e observarão quais objetos afundam e quais flutuam para a partir daí problematizarem mediados pela professora o conteúdo Conjuntos.
A manipulação dos objetos, a socialização com os colegas e a problematização da professora servirão de mediação no processo de aprendizagem dos alunos.
Lev Semenovich Vygotsky nasceu em 17 de novembro de 1896 em Orsha, pequena cidade provinciana na Bielo-Rússia, casou-se aos 28 anos com Roza Smekhova com quem teve duas filhas. Faleceu em Moscou em 11 de junho de 1934, vitima de tuberculose.
Vygotsky viveu apenas 37 anos e elaborou cerca de 200 estudos científicos sobre diferentes temas contribuindo para a psicologia, pedagogia, antropologia, lingüística, história, filosofia e sociologia. 

à 1º Momento

Como incentivo para introduzir o conteúdo conjunto a professora no 1º momento convidará a turma para irem ao pátio coletarem materiais possíveis para uma experiência em sala de aula utilizando também os materiais que haviam combinado que os alunos e a professora trariam de casa.  
Dessa forma eles poderão conversar entre si socializando-se a fim de definirem quais objetos poderão ser utilizados, uma vez que a dialética é um dos pontos fundamentais na teoria de Vygotsky, ele acreditava que o desenvolvimento humano acontecia na troca entre o individuo e o meio e os indivíduos entre si. Também segundo Vygotsky , trabalhar com elementos que fazem parte do cotidiano dos alunos é de fundamental importância para a internalização dos conhecimentos.
De volta a sala de aula será proposto a turma que se reúnam em 6 grupos de 5 alunos cada, que receberão uma caixa contendo diversos materiais de diferentes origens (os que trouxeram de casa e os que coletaram no pátio da escola), a professora colocará um recipiente com água no centro da sala onde os alunos poderão, um de cada grupo por vez, experienciar  quais objetos afundam e quais flutuam dividindo-os em 2 grandes grupos: Flutuam X Afundam, ou seja, dois conjuntos distintos.
Através de questionamentos e problematizações a professora saberá quais conhecimentos estão na Zona de Desenvolvimento Proximal, quais estão no Nível de Desenvolvimento Real e quais estão no Nível de Desenvolvimento Potencial de seus alunos para então fazer a transposição didática, que segundo o autor é a aproximação entre o conhecimento científico e o conhecimento cotidiano, é fazer relações entre eles, ou seja, o que se aprende na escola.
à Quando a professora questiona, a resposta dos alunos é o conhecimento que está no Nível de Desenvolvimento Real, o que eles se atrapalham para explicar e necessitam da ajuda dos colegas e/ou professora é o conhecimento que está na Zona de Desenvolvimento Proximal, já o que não souberem responder está no Nível de Desenvolvimento Potencial.



à 2º Momento

Os alunos individualmente farão um desenho referente ao aos conjuntos formados, essa atividade será mediada pela professora que utilizará um dado indicando a quantidade e duas fichas que indicarão a característica do objeto que o aluno escolherá para desenhar. Essa atividade proporciona o registro, a escrita que Vygotsky vê como apoio a memória e dessa forma aos poucos vão internalizando o conhecimento e a noção de conjuntos, na interação social das crianças e adolescentes é que segundo Vygotsky se dá o desenvolvimento das funções psíquicas superiores.
Vejo como importante salientar que a professora ao pedir que trouxessem de casa o material e coletassem no pátio da escola, está valorizando a cultura de seus alunos uma vez que cada um trará objetos que fazem parte de sua vida, de seu cotidiano. Para Vygotsky o pano de fundo do processo de ensino-aprendizagem é a cultura que deve ser valorizada.


(Nesse momento seria a hora do intervalo)


à 3º Momento

De volta à sala de aula a turma voltará a se organizar em seus grupos os quais receberão jornais, revistas e encartes para selecionarem, recortarem e colarem imagens a fim de formarem diversos conjuntos dando origem a um álbum coletivo sobre a temática em questão.
Questionamentos orais:
- O que são conjuntos?
- Como se formam os conjuntos?
- Quais suas principais características?
Por meio da problematização poderão relacionar o conhecimento científico e o conhecimento cotidiano, bem como aproximá-los do Nível de Desenvolvimento Real.
Nesse caso a mediação foi tanto pessoal (professora e colegas de aula) quanto instrumental (materiais e objetos que os alunos visualizaram e manipularam).


à 4º Momento

Para concluir esta aula, a professora os convidará a uma atividade a ser realizada no pátio da escola onde o grande grupo representará o conjunto da Turma 11 e em um circulo menor riscado no chão e no centro que possibilitará maior mobilidade entre os subgrupos que se formarão a partir de diversas orientações da professora como, por exemplo:
- Grupo daqueles que estão de tênis!
- Grupo dos que estão de camiseta branca!
- Grupo dos que têm cabelos crespos!...
A partir dessas orientações os alunos que possuem tais características deverão agrupar-se no circulo formando assim vários subgrupos da Turma 11
Do mesmo modo os alunos receberão diversas formas geométricas (blocos lógicos) e deverão se agrupar segundo suas características, exemplo:
-Grupo dos triângulos!
-Grupo dos triângulos azuis!
-Grupo dos círculos e dos quadrados!...
Na medida em que a turma vai se agrupando e se organizando será possível a professora perceber a internalização do conteúdo pelos alunos.


à Como tema para casa a professora entregará uma folha mimeografada contendo desenhos de conjuntos (com elementos do seu cotidiano e cultura) para que os alunos quantifiquem-nos e nomeiem-nos. Mais uma vez trabalhando a escrita e o Nível de Desenvolvimento Real. 



Obs. Nas próximas aulas a professora irá abordar a união, intersecção, contém, não contém... 




OBJETIVOS DO PLANO DE AULA:


·         Desenvolver a oralidade;
·         Desenvolver a socialização;
·         Construir o conceito de conjunto;
·         Relacionar os conhecimentos cotidianos com os científicos referentes a temática conjuntos;
·         Desenvolver o raciocínio;
·         Aperfeiçoar a percepção visual.






Tatiane R. Resende

Educação: Publicada na Revista Freinet





QUE GOATOSA É UMA AULA NA FEIRA!!! APRENDIZAGENS COMPARTILHADAS NA

PEDAGOGIA FREINET EM PASSEIO À FEIRA LIVRE.


Ana Paula Rodrigues Medeiros, Tatiane Ribeiro Resende



Por em Prática a Pedagogia Freinet é disponibilizar aos alunos um espaço para a livre expressão, a criatividade, a cooperação e a alegria de aprender. O professor deve proporcionar um ambiente de confiança para que o conhecimento se dê através da troca de experiências. Freinet prioriza o contato com a natureza, o trabalho em grupo e as responsabilidades de cada um, as aulas-passeio constituem-se instrumento fundamental na realização desse trabalho.
            Trabalhar com a Pedagogia Freinet na escola Pública é estar constantemente refletindo sobre as saídas possíveis em meio ás turbulências das greves, paralisações, falta de material pedagógico e precariedade das escolas públicas. Freinet construiu boa parte de sua Pedagogia em ambientes penosos, difíceis e ainda assim desenvolveu uma pedagogia admirável. Esse é o sonho que perseguimos: ensinar e aprender, em meio às adversidades. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Luciana de Araújo, localiza-se no Centro da Cidade, numa área limítrofe entre a periferia e o centro.A própria idéia de Centro hoje pode ser questionada. Cada grande localidade tem suas praças, suas igrejas, templos e congregações, há moradores de diferentes frações sociais, como visinhos. Esse formato urbano das cidades grandes e medias nos leva a reinventar nossos conceitos e conhecimentos em torno do estudo do meio.
            Na segunda série do Ensino Fundamental, vários conhecimentos podem ser despertados, a partir de um passeio ou de uma aula-passeio que vem sendo realizado desde mil novecentos e noventa. Estas aulas justificam-se fundamentalmente pela preocupação que a professora tem com a familiarização das crianças em relação à história da localidade onde convivem, bem como, trazer um significado e uma aplicação prática aos conhecimentos lógico-matemáticos.
            Além de um passeio à Feira, pode ser realizada uma aula em um Muzeu de Arte, em uma Praça da cidade e trabalhar Artes Visuais, Geografia, Matemática, Língua Portuguesa, Redação, entre outras disciplinas.
            Este trabalho vem mostrando vários caminhos para tecer aprendizagens significativas e tornar plurais os conhecimentos tomados pela Escola como prescritivos, homogeneizados  e sem a marca da autoria pautada por Celéstin FREINET. Então os principais objetivos estão relacionados a: -Compreender a vida “real” e sua relação com os Conteúdos Escolares; -Aprender na prática o que se estuda na teoria; -Desenvolver a sociabilidade, a criatividade e o interesse pela Matemática; -Reconstruir um pouco da história referente aos locais que percorremos até chegar à Feira, bem como, o cenário onde realmente se efetivam fatos inusitados e a real aprendizagem. Para colocar em prática as idéias, primeiramente professora e alunos conversam e organizam um planejamento de como deverá ser o passeio.è através do planejamento que as crianças põem suas idéias em ordem pensando em como deverá ser desde a saída da Escola até seu retorno a ela e quais os pontos importantes a serem observados. É necessário estar atento para perceber as informações que o meio oferece.
            Ao tomarem decisões, todos pontos de vista são levados em consideração até chegar em um ponto comum. A motivação dos estudantes é tamanha que contam os dias no calendário, perguntam se podem antecipar o passeio, a euforia é geral..., mas é claro que é preciso um momento reservado à preparação, ou seja, “alinhavar” tudo aquilo que vai ser necessário: o material(lápis, borracha, caderno, planilha para anotar os produtos e preços), dinheiro par fazer as compras(estipulado que cada um deveria levar entre R$ 0,50 eR$ 1,00), quem vai acompanhar(mães, monitora ou alguma outra professora). A experiência exige muita, mas muita conversa, para chegarem à compreensão de que todo o trajeto até a Feira vai transformando-se em conhecimento, à medida que vai ganhando significado para o grupo.
            Realizando um pequeno trajeto pelas redondezas da Escola até chegar à Feira vão conversando e anotando. Criam duas colunas para anotar números pares e ímpares que observavam comparavam moradias (tentando compreender diferenças entre casa de alvenaria, madeira, prédio, apartamento, sobrado...), visitando as casas dos colegas pólas quais passavam, falando sobre as plantas, os animais, o lixo, dentre outras coisas que falavam. Ao chegarem à Feira, combinavam de andar todos juntos, passando de banca em banca, pesquisando preços, aprendendo sobre medidas de massa, capacidade, revendo conceitos sobre dúzia, meia dúzia, quilo, meio quilo...Quando terminavam o percurso, reuniam-se e tomavam decisões para definir: onde comprar mais barato, qual a qualidade e aparência dos produtos. A seguir realizavam as compras, nos locais mais adequados e retornavam à Escola. A cada turma, sem dúvida, o “Passeio à Feira” se enriquece e se amplia. Em dois mil e seis foram à Feira que se localiza na Rua Carlos Zanotta, fizeram anotações, desenharam, escreveram textos, criaram problemas matemáticos, fizeram localizações no Bairro, entre tantos outros trabalhos. Segundo Freinet, o interesse das crianças está na rua e esse trabalho confirma tal afirmativa.
            Também existe o papel dos feirantes que sempre colaboram com seus conhecimento e experiências (doam algumas frutas, ajudam as crianças com o troco, inventam problemas para as crianças responderem... ”é muito legal” –como dizem as crianças), enriquecendo aquilo que parece morto, ou tratado como cadáver do conhecimento pela educação bancária. O passeio ganha mais vida porque as pessoas ficam surpresas ao verem as crianças fazendo compras. Este ano teve um senhor que andou atrás da turma o tempo inteiro encantado e uma senhora que gritava: “-Quero ser aluna dessa professora!!!” Ao retornarem para a sala de aula fazem uma salada de frutas (é isso mesmo, são as crianças que vão descascar, cortar as frutas e literalmente fazer a salada). È possível realizar um trabalho simples, mas permeado de organização coletiva e pedagógica, intercâmbio de saberes e aprofundamento de conteúdos, tal como preconizou e realizou Celestin Freinet.
           Aprender a fazer anotações e registros escritos é aprender a língua escrita em movimento.A aula-passeio à feira prevê trabalhos com a Escrita desde o planejamento: O que vão fazer na Feira? O que vão observar durante o trajeto? Por quê? Vão fazer compras? De que precisam para fazer salada de frutas? Quanto tem em dinheiro? Escrever, nessa experiência, é reconhecer a função social da escrita em nossas vidas: como, porque e quando usamos a escrita? Sem grandes discursos sobre o tema, mas vivenciando esse e outros caminhos que a escrita perfaz em nosso cotidiano, vamos aprendendo, com as crianças. Essa é uma aula exemplar de Língua Portuguesa integrada a outros campos do conhecimento.
            As particularidades de cada aluno, suas maneiras muito próprias de aprender têm espaço nesse tipo de proposta, porque as anotações, embora respeitem a um roteiro prévio, não possuem respostas únicas e prontas. A aula-passeio também favorece as aprendizagens com outros agentes, não apenas professores e crianças, nesse caso específico, os feirantes ou as pessoas da comunidade que estão comprando na feira também interagem com as crianças produzindo saberes imprevisíveis no planejamento. A imprevisibilidade de resultados é uma característica marcante dos trabalhos com a Pedagogia Freinet, porque o tateamento experimental como princípio pedagógico muda as rotas das aulas e conteúdos estritamente pensados pelas professoras ou pelos livros didáticos.
            A boa organização da proposta (planejamento participativo) gera uma boa organização do trabalho: as crianças aprendem na ação e podem avaliar os resultados, pois estiveram desde a origem da proposta, envolvidas nas tarefas.
Aprender de forma coletiva não ensina apenas os conteúdos, tradicionalmente tomados como importantes ela Escola, mas ultrapassa maneiras de pensar para chegar ao exercício da cidadania, da autonomia e da vida coletiva. Esse movimento entre os momentos coletivos e as aprendizagens individuais seria a grande contribuição que o trabalho cooperativo tem nas classes Freinet. Esses momentos também são inquestionáveis e tendem a marcar as aprendizagens.
             A comida é parte de uma aprendizagem cultural. Todos os povos têm suas tradições, festas e maneiras de comer. È interessante também à aprendizagem dos sabores novos, a partir da mistura do doce, amargo, ácido, picante. Além disso, as crianças aprendem cores, partes da fruta e depois... Deliciar o resultado é demais, não?

 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Olá! Espero que gostem do meu blog, em breve teremos bastante coisas postadas, textos, artigos e projetos. Abraços!